DEPRESSÃO PÓS-PARTO

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

O que é Depressão pós-parto?

Depressão pós-parto: reconhecimento e intervenção precoces são o melhor remédio

O pós-parto é um período delicado, pois, durante a gestação, o organismo da mulher se submete a altas doses de hormônios, tanto o estrogênio quanto a progesterona, que agem no sistema nervoso central, mexendo com os neurotransmissores que estabelecem a ligação entre os neurônios. Logo após o parto, o nível desses hormônios cai vertiginosamente, o que pode ser um fator importante no desencadeamento dos transtornos pós-parto.

depressao pos parto

É comum as mulheres se queixarem de certa tristeza e irritabilidade após o parto. Quando voltam para casa com seus bebês, elas são invadidas por uma espécie de melancolia sem motivo aparente. Se esse sentimento for corriqueiro e desaparecer em alguns dias, não há motivo para se preocupar, pois é natural que, após a revolução hormonal da gravidez, o sistema nervoso central fique instável. Agora, se a sensação de tristeza se instalar, provocando apatia e desinteresse por tudo, é melhor estar atento e procurar ajuda, pois pode ser um sinal de depressão pós-parto.

Existe uma grande diferença entre a tristeza e a depressão pós-parto

Cerca de 50 a 80% das mulheres apresentam tristeza pós-parto. Ela surge dois ou três dias depois do nascimento do bebê e, em cinco dias, atinge seu ponto máximo, sumindo em até dez dias. Os sintomas mais comuns são tristeza, disforia (ansiedade e inquietude), e irritabilidade.

Já a depressão pós-parto costuma se comportar de forma diferente. Muitas vezes, se instala lentamente e, depois de quatro a seis semanas após o parto, o quadro depressivo se torna mais intenso, podendo deixar a mulher incapaz de realizar as tarefas do dia a dia e exigindo tratamento psiquiátrico. Segundo estatísticas americanas, a depressão pós-parto acomete em torno de 10 a 15% das mulheres, o que é um número muito alto. A maior parte dessas mulheres não fica sabendo que está deprimida, pois os sintomas são atribuídos ao estresse. Como o seu início nem sempre é abrupto, o transtorno pode assumir ares de algo fisiológico, sem importância, e frequentemente, essas mulheres acabam não recebendo um tratamento adequado.

Estar atento a alguns sinais de alerta

Alguns sinais e sintomas alertam sobre a depressão pós-parto. O primeiro deles é a tristeza não estar relacionada com o nascimento da criança ou restrita ao fato da mulher não se considerar uma boa mãe. A tristeza, em geral, permeia outros contextos, como perder o interesse por coisas que antes eram fonte de prazer. Outros sintomas são sonolência, falta de energia, crises de choro, resistência em cuidar do bebê, desinteresse pelo marido e alterações no apetite para mais e/ou para menos. A ansiedade também pode fazer parte desse quadro, a mulher pode ter ataques de pânico sem ser portadora do transtorno ou pode desenvolver comportamentos obsessivos em relação à criança, como agasalhá-la demais ou verificar a cada instante se ela está respirando.

Por ser uma doença episódica recorrente, a depressão tem tendência a se manifestar sempre que a situação que desencadeou o primeiro episódio se repita. Por isso, se uma mulher já teve depressão no pós-parto de um filho, a possibilidade de repetir o quadro em outra gestação é de 50%. Além disso, 30% das mulheres com manifestações de depressão no período pós-parto correm o risco de desenvolver a doença fora do período. Da mesma forma, o risco é maior se a mulher já apresentou algum tipo de episódio depressivo anteriormente, mesmo que tenha sido tratado, ou se teve depressão durante a gravidez. É preciso estar atento para que a doença não se agrave após o parto. Outro cuidado fundamental, é entre as mães que amamentam seus bebês, pois a grande maioria dos medicamentos pode passar pelo leite materno e ser prejudicial ao bebê.

Como combater a Depressão Pós-parto?

O momento mais esperado da vida de uma mulher pode ser prejudicado imensamente pela depressão pós-parto, doença que assusta futuras mamães. É importante identificar os sintomas e procurar ajuda, o mais rápido possível, pelo bem da mãe e do bebê. Neste momento o apoio do pai da criança e familiares é fundamental.

Para os quadros leves e moderados, pode-se tentar a Estimulação Magnética Transcraniana – EMT, que consiste em estimular o cérebro por meio de pulsos magnéticos, com o objetivo de equilibrar neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e por manter o bem-estar emocional. O procedimento é indolor, quase sem efeitos colaterais e pode ser realizado no consultório médico.

Já nos quadros mais graves, pode-se tentar a Eletroconvulsoterapia – ECT, que consiste na estimulação elétrica do cérebro por disparos rítmicos autolimitados, visando o equilíbrio de neurotransmissores e regulando o humor. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com a paciente anestesiada e todo aparato necessário para que não haja desconforto ou dor, sendo que a alta é no mesmo dia.

Ambos os tratamentos são seguros e eficazes, permitindo que a mãe continue a amamentar o bebê sem preocupação e sem riscos. E é muito importante diagnosticar e tratar a depressão pós-parto, pois a doença pode se agravar.

A psicoterapia é outro método eficaz e recomendado no tratamento. Como a depressão, em geral, tem múltiplos fatores e não é provocada só por condições biológicas, mas também por fatores sociais e familiares, a psicoterapia pode aliviar o sofrimento e manejar as dificuldades.

Mas é sempre importante uma avaliação criteriosa antes de iniciar um tratamento. Qualquer mulher pode desenvolver a doença, mesmo as sem antecedentes de depressão. E é preciso estar atento às que já manifestaram quadros depressivos, pois a possibilidade de repetir o episódio existe e é grande.

Depressão pós-parto: reconhecimento e intervenção precoces são o melhor remédio

O pós-parto é um período delicado, pois, durante a gestação, o organismo da mulher se submete a altas doses de hormônios, tanto o estrogênio quanto a progesterona, que agem no sistema nervoso central, mexendo com os neurotransmissores que estabelecem a ligação entre os neurônios. Logo após o parto, o nível desses hormônios cai vertiginosamente, o que pode ser um fator importante no desencadeamento dos transtornos pós-parto.

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É comum as mulheres se queixarem de certa tristeza e irritabilidade após o parto. Quando voltam para casa com seus bebês, elas são invadidas por uma espécie de melancolia sem motivo aparente. Se esse sentimento for corriqueiro e desaparecer em alguns dias, não há motivo para se preocupar, pois é natural que, após a revolução hormonal da gravidez, o sistema nervoso central fique instável. Agora, se a sensação de tristeza se instalar, provocando apatia e desinteresse por tudo, é melhor estar atento e procurar ajuda, pois pode ser um sinal de depressão pós-parto.

Existe uma grande diferença entre a tristeza e a depressão pós-parto

Cerca de 50 a 80% das mulheres apresentam tristeza pós-parto. Ela surge dois ou três dias depois do nascimento do bebê e, em cinco dias, atinge seu ponto máximo, sumindo em até dez dias. Os sintomas mais comuns são tristeza, disforia (ansiedade e inquietude), e irritabilidade.

Já a depressão pós-parto costuma se comportar de forma diferente. Muitas vezes, se instala lentamente e, depois de quatro a seis semanas após o parto, o quadro depressivo se torna mais intenso, podendo deixar a mulher incapaz de realizar as tarefas do dia a dia e exigindo tratamento psiquiátrico. Segundo estatísticas americanas, a depressão pós-parto acomete em torno de 10 a 15% das mulheres, o que é um número muito alto. A maior parte dessas mulheres não fica sabendo que está deprimida, pois os sintomas são atribuídos ao estresse. Como o seu início nem sempre é abrupto, o transtorno pode assumir ares de algo fisiológico, sem importância, e frequentemente, essas mulheres acabam não recebendo um tratamento adequado.

Estar atento a alguns sinais de alerta

Alguns sinais e sintomas alertam sobre a depressão pós-parto. O primeiro deles é a tristeza não estar relacionada com o nascimento da criança ou restrita ao fato da mulher não se considerar uma boa mãe. A tristeza, em geral, permeia outros contextos, como perder o interesse por coisas que antes eram fonte de prazer. Outros sintomas são sonolência, falta de energia, crises de choro, resistência em cuidar do bebê, desinteresse pelo marido e alterações no apetite para mais e/ou para menos. A ansiedade também pode fazer parte desse quadro, a mulher pode ter ataques de pânico sem ser portadora do transtorno ou pode desenvolver comportamentos obsessivos em relação à criança, como agasalhá-la demais ou verificar a cada instante se ela está respirando.

Por ser uma doença episódica recorrente, a depressão tem tendência a se manifestar sempre que a situação que desencadeou o primeiro episódio se repita. Por isso, se uma mulher já teve depressão no pós-parto de um filho, a possibilidade de repetir o quadro em outra gestação é de 50%. Além disso, 30% das mulheres com manifestações de depressão no período pós-parto correm o risco de desenvolver a doença fora do período. Da mesma forma, o risco é maior se a mulher já apresentou algum tipo de episódio depressivo anteriormente, mesmo que tenha sido tratado, ou se teve depressão durante a gravidez. É preciso estar atento para que a doença não se agrave após o parto. Outro cuidado fundamental, é entre as mães que amamentam seus bebês, pois a grande maioria dos medicamentos pode passar pelo leite materno e ser prejudicial ao bebê.

Como combater a Depressão Pós-parto?

O momento mais esperado da vida de uma mulher pode ser prejudicado imensamente pela depressão pós-parto, doença que assusta futuras mamães. É importante identificar os sintomas e procurar ajuda, o mais rápido possível, pelo bem da mãe e do bebê. Neste momento o apoio do pai da criança e familiares é fundamental.

Para os quadros leves e moderados, pode-se tentar a Estimulação Magnética Transcraniana – EMT, que consiste em estimular o cérebro por meio de pulsos magnéticos, com o objetivo de equilibrar neurotransmissores como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, responsáveis por propagar os impulsos nervosos do cérebro e por manter o bem-estar emocional. O procedimento é indolor, quase sem efeitos colaterais e pode ser realizado no consultório médico.

Já nos quadros mais graves, pode-se tentar a Eletroconvulsoterapia – ECT, que consiste na estimulação elétrica do cérebro por disparos rítmicos autolimitados, visando o equilíbrio de neurotransmissores e regulando o humor. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com a paciente anestesiada e todo aparato necessário para que não haja desconforto ou dor, sendo que a alta é no mesmo dia.

Ambos os tratamentos são seguros e eficazes, permitindo que a mãe continue a amamentar o bebê sem preocupação e sem riscos. E é muito importante diagnosticar e tratar a depressão pós-parto, pois a doença pode se agravar.

A psicoterapia é outro método eficaz e recomendado no tratamento. Como a depressão, em geral, tem múltiplos fatores e não é provocada só por condições biológicas, mas também por fatores sociais e familiares, a psicoterapia pode aliviar o sofrimento e manejar as dificuldades.

Mas é sempre importante uma avaliação criteriosa antes de iniciar um tratamento. Qualquer mulher pode desenvolver a doença, mesmo as sem antecedentes de depressão. E é preciso estar atento às que já manifestaram quadros depressivos, pois a possibilidade de repetir o episódio existe e é grande.